quarta-feira, 14 de setembro de 2011

1a Expedição do PNPD - Porifera (5° mergulho - Praia do Francês, Marechal Deodoro, AL)

2011 Set 14 - Praia do Francês (SCUBA) - Finalmente, a oportunidade almejada desde 2003 surgiu. Graças à ECOSCUBA conseguimos fazer um mergulho SCUBA no Francês, que apesar de raso (2-4 m prof.), nos permitiu explorar detalhadamente as amplas cavidades subrecifais existentes à curta distância da praia. Encontro na loja às 09:00h. Flávia Dabbur (Gerente Administrativa - ECOSCUBA) nos conduziu ao ponto de entrada na praia, e guiou-nos até o recife intermediário, atrás do qual realizamos o mergulho. O local é formado por uma longa laje paralela à praia, distante cerca de 40m da mesma, quebrada transversalmente aqui e ali, e formando amplas cavidades em seu flanco externo - coalhadas de poríferos. O melhor mergulho até agora. Confira!

Thai não queria que sua dona, Flávia, saisse para mergulhar. Nadou até nosso encontro, mas após uma  conversa entre amigos, retornou à margem sem muito protesto. Foto S. Salani.

Desmapsamma anchorata, possivelmente a esponja mais abundante em Praia do Francês. Cresce  mesmo  nos substratos mais improváveis, cercada de sedimento fino, e alcança grande tamanho, com ramos frequentemente ultrapassando os 30 cm de comprimento. Preponderantemente exposta à luz. Foto M. Carvalho.

Scopalina ruetzleri, outra esponja muito abundante, tanto exposta à luz, quanto abrigada desta no interior de cavidades recifais. Esta espécie é amplamente distribuida em todo o Atlântico Tropical Ocidental. Foto M. Carvalho.

Detalhe da reticulação subsuperficial em uma provável Callyspongia. Foto S. Salani.

O bordo externo do recife intermediário é tomado por ouriços. Em sua porção superior, vista na imagem, abunda Echinometra lucunter. Na base de sua face externa, Diadema antillarum. Alcançar o bordo externo do recife intermediário em marés bem baixas (p.ex. 0,2 m), nadando sobre o recife, oferece o risco de "aterrisagem" sobre um colchão de ouriços.

Outro guardião de loca, que gosta de uma decoração multicolorida, com destaque para a Mycale laxissima central e Tethya esférica amarela.

Um caranguejo-aranha sobre a esponja perfurante Cliona delitrix, ambos muito comuns no lugar.

Possivelmente Mycale alagoana, recém descrita e publicada no periódico online Biota Neotropica.

Eucidaris tribuloides, o ouriço-satélite, um raro comedor de esponjas. Aqui uma cena rara no Brasil - uma esponja vermelha pega carona em seus espinhos. A julgar pelo que conhecemos de nossos estudos no Peru, possivelmente uma Clathria. Na costa norte do Peru a associação entre Eucidaris thouarsi e Clathria é praticamente obrigatória (maiores informações em http://www.proyectoesponjas.blogspot.com). 

Sula e Eduardo no final do mergulho, clicados por Mariana.

Cada vitória, uma comemoração!

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